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Corte de IPI de carro será prorrogado
Apesar da forte queda na arrecadação e do primeiro déficit nas suas contas, o governo decidiu renovar as desonerações de impostos, abrir mão de cerca de R$ 3 bilhões e persistir na adoção de medidas de estímulo à economia.
Apesar da forte queda na arrecadação e do primeiro déficit nas suas contas, o  governo decidiu renovar as desonerações de impostos, abrir mão de cerca de R$ 3  bilhões e persistir na adoção de medidas de estímulo à economia. O presidente  Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciam na  segunda-feira a renovação da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados  (IPI) por mais três meses para o setor automotivo e antecipam aos consumidores a  escala para o aumento gradativo das alíquotas para o período outubro-dezembro.  
As medidas de estímulo à economia consideram, ainda, a renovação  da redução do imposto praticado para os setores da construção civil e de bens  duráveis da chamada linha branca, como geladeira, fogões, máquinas de lavar e  tanquinhos. As propostas foram detalhadas ontem pelo ministro Mantega e sua  equipe após reunião com a presidente do Instituto de Desenvolvimento do Varejo  (IDV), Luiza Helena Trajano, e outros dirigentes do setor de varejo. O setor de  bens de capital também será estimulado, mas não por desonerações e sim por  linhas de crédito de baixo custo que serão oferecidas pelo  BNDES.
O objetivo do governo é aumentar as vendas no varejo e  quebrar o ciclo de desaceleração da economia, iniciado no fim de 2008. Ontem,  Mantega ficou impressionado com os dados apresentados "pela turma do varejo". "A  Luiza Trajano mostrou ao ministro que o efeito psicológico da redução dos  impostos foi fundamental para o aumento das vendas", disse um assessor. Mantega  confirmou uma posição defendida por seus técnicos, ou seja, a de que a demanda  doméstica é capaz de manter a atividade econômica. Essa é a aposta: a economia  se recuperar a partir do segundo semestre. 
Mantega está bancando  a política anticícilica (abrir mão de impostos para reativar a economia) a  despeito dos sinais de fragilidade das contas públicas. "O momento não é de  inibição. Todos estamos preocupados com o resultado das contas. Mas a  recuperação da economia é o mais importante neste momento", insistiu a mesma  fonte ao se referir à resistência do Tesouro e da Receita aos cortes de  impostos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
