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ES - Negócios terão menos burocracia e impostos
Lei Geral prevê Simples Estadual e central de exportação
Micro e pequenas empresas (MPEs) capixabas vão receber mais incentivo à  exportação. Conseguir licenciamento ambiental também ficará menos  penoso. E os empreendedores excluídos do Simples Nacional poderão ter  alívio na carga tributária. 
As facilidades serão implementadas pela Lei Geral Estadual da Micro e  Pequena Empresa. A proposta, elaborada pelo governo do Estado, foi  enviada ontem à Assembleia Legislativa. 
A ideia é desburocratizar principalmente a  abertura de empresas e  atrair mais pessoas para a formalidade. Hoje, o Estado conta com 120 mil  negócios de micro e pequeno porte, mas a meta é chegar a 178 mil  empreendimentos formais até 2014.
O projeto abre caminho para que várias medidas sejam tomadas para o  fortalecimento das MPEs. A legislação, por exemplo, prevê a criação do  Simples Estadual, um sistema tributário diferenciado para microempresas  excluídas do Supersimples Nacional.
Outro ponto importante da Lei Geral é a instituição de uma central de  exportação. O local reunirá órgãos do governo do Estado, do Sebrae e da  Findes, que explicarão aos empreendedores o passo a passo para vender  para o mercado externo.
Com a aprovação da lei, o governo criará uma central virtual de  atendimento ao licenciamento. O ambiente on-line permitirá que o  empresário consiga todas as informações necessárias para abertura de  empresas. Ele também conhecerá quais caminhos precisará percorrer para  ter direito a uma licença ambiental.
"No futuro, será possível até abrir e fechar as empresas pela internet",  afirma Pedro Rigo, presidente da Agência de Desenvolvimento em Rede  (Aderes). O órgão estadual foi responsável, junto com o Sebrae, pela  organização do projeto de lei.
A nova legislação também trará benefícios aos empreendedores individuais  (EIs). Eles receberão blocos de notas fiscais de graça e poderão atuar  também no segmento de turismo. O objetivo é ter pelo menos 100 mil  autônomos regularizados também em três anos.
A Lei Geral autoriza a oferta de 20% dos recursos da Secretaria de  Ciência e Tecnologia na inovação das micro e pequenas empresas. 
"Agora vamos estabelecer um plano de trabalho para  levar capacitação e  direcionar as pequenas empresas ao processo de inovação tanto no  gerenciamento quanto na produção", destaca Fernando Gadelha, gerente de  Polícias Públicas do Sebrae.
Segundo a deputada Lúcia Dornellas, vice-presidente da Frente  Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, a proposta será avaliada pela  Assembleia e deve ser aprovada ainda em dezembro.
